terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

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Dilma pode aumentar impostos em 2012

Para economistas, elevar a carga tributária é a única saída para fechar as contas

14 de fevereiro de 2011 | 22h 30
Raquel Landim, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Restam poucas alternativas à presidente Dilma Rousseff a não ser elevar os impostos. O ajuste fiscal deste ano é factível, mas o governo necessitará aumentar a carga tributária se quiser manter a disciplina das contas públicas em 2012. O diagnóstico é dos economistas Samuel Pessoa e Felipe Salto, da consultoria Tendência.

Três hipóteses baseiam a análise: a arrecadação não será tão forte (para controlar a inflação, o governo vai desaquecer a economia), os investimentos serão mantidos (grandes eventos esportivos se aproximam, como Copa e Olimpíada), e a regra para o reajuste do salário mínimo prevê forte aumento em 2012.

"Esses objetivos não coexistem sem alta da carga tributária", disse Pessoa, que também é chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV). "A regra do salário mínimo, que faz parte do contrato social estabelecido com a população, requer mais transferências públicas".

Pelas regras em vigor, o salário mínimo subiria de R$ 545 este ano (proposta defendida pelo governo) para R$ 620 em 2012, o que significa um gasto adicional de cerca de R$ 25 bilhões.

Pessoa acredita que o governo vai tentar recriar a CPMF, o imposto do cheque, agora que tem maioria no Senado e na Câmara. Quando foi extinta, a CPMF garantia uma receita de R$ 40 bilhões. Para Felipe Salto, da Tendência, outra alternativa é elevar os royalties para a extração de minério, o que seria politicamente menos complicado.

Salto chama a atenção para um ponto importante: um eventual aumento na carga tributária resolve o problema fiscal em 2012 ao elevar a receita, mas não desaquece a economia, que é o que facilita a tarefa do Banco Central (BC) de reduzir os juros. "Se não muda efetivamente a política fiscal, o aumento de receita não vai salvar a pátria", disse.

Factível. Uma análise detalhada feita pelos dois economistas conclui que o ajuste fiscal de Dilma é "factível". O governo anunciou a disposição de contingenciar R$ 50 bilhões do Orçamento, um valor recorde, embora ainda não tenha detalhado como isso será feito. "É uma medida positiva, crível, que conduzirá a um superávit primário alinhado com a meta", diz o texto.

Dos R$ 50 bilhões anunciados, R$ 18 bilhões virão de cortes de emendas parlamentares. Os economistas calcularam que há espaço significativo para reduzir despesas discricionárias como educação e saúde. Se mantiver as despesas de 2010 ( ajustadas pela inflação), o governo contingenciaria mais R$ 13,9 bilhões.

Outros R$ 15,3 bilhões podem ser obtidos segurando o orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na "boca do caixa". Para isso, não é necessário reduzir efetivamente os investimentos, mas manter a média de 2010, quando foi executado 65% do previsto.

Cortes de pessoal garantiriam ao governo mais R$ 5 bilhões de economia. Tudo somado, o ajuste fiscal chegaria a R$ 54,8 bilhões, nas contas da Tendências.

Como 2010 foi um ano eleitoral, com mais despesas e aceleração de investimento, o sacrifício não seria tão grande. "O corte é doloroso porque frustra os políticos e a base social ao não reajustar o salário mínimo", disse Pessoa. "Mas será feito, porque é do interesse da presidente fazer as maldades agora e garantir um bom governo até 2014."


Impostos (#impostos)

64 comentários

dirceuleandro
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Dirceu Leandro

Comentado em: Dilma pode aumentar impostos em 2012

15 de Fevereiro de 2011 | 13h37

Dias atrás elogiei a atitude de D.Dilma ao anunciar corte de gastos mas fiz uma ressalva: "Não me iludo". Eu tinha razão - agora vem a conta. Eu até pensei que ela poderia ser diferente do Sr. Lula. - Me enganei!!!

gsilveira
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Guilherme Silveira

Comentado em: Dilma pode aumentar impostos em 2012

15 de Fevereiro de 2011 | 13h30

Os pagadores de dízimo mentiram tanto a respeito da 'herança maldita' do FHC, e agora, que a 'verdadeira herança maldita' começa a mostrar sua cara medonha eles se escondem. Lula administrou o país de maneira irresponsável e eleitoreira, extamente da mesma maneira que fazia quando era oposição. Dilma agora lhe serve de 'boi de piranha', provavelmente o irresponsável volta daqui há 4 anos falando que a Dilma não teve competência, que bom foi ele, que nunca antes neste país você foi tão feliz, que blá, blá, blá... E tome mais quatro anos de mentiras... Acorda povo!

crowcrow
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crow crow

Comentado em: Dilma pode aumentar impostos em 2012

15 de Fevereiro de 2011 | 13h13

Essa é a atitude da incompetência PETISTA, ninguém fala em cortar os gastos EXORBITANTES dessa raça de vagabundos. Ou seja, como SEMPRE, eles GASTAM e os trouxas aqui ... PAGAM ...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

REVOLTA

Durante a campanha de 2010 alguns canalhas concurseiros diziam que José Serra iria acabar com concursos públicos. Hoje pela manhã, me minhas leituras, descobri que Dilma Rousseff PROIBIU a realização de concursos federais e a contratação de concursados. ISSO NO 2º MÊS DE GOVERNO.

O Governo Lula aumentou a dívida pública, isso não é novidade. A dívida interna DOBROU em seu governo e hoje chega a R4 1,73 trilhão. A dívida externa, apesar do que dizem os idiotas, é de R$ 250 bilhão. Advinhem por que Dilma cancelou conrcusos e contratação de concursados federais? Foi para reduzir despesas. Incrível, não é? Esta remediando uma doença criada pelo próprio Lula.

A decisão abrange apenas concursos federais, mas pode ser um sinal. Afinal de contas, se o Governo Federal está entrando em crise, é bom estados e municípios se prepararem.

“Pedi um levantamento completo da situação de todos os concursos, mas em princípio todas as nomeações de aprovados em concursos estão suspensas”, disse a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. “Se não vou nomear quem está aprovado, não vai haver concursos novos”, acrescentou.

O congelamento das nomeações e dos concursos públicos faz parte das medidas anunciadas ontem por Miriam e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para cortar R$ 50 bilhões do Orçamento de 2011.
BRUNOPBARBOZA